Estudo científico traz resultados sociais e novas estratégias de trabalho ao SUS visando a prevenção da Leishmaniose Visceral em caso de doação de sangue

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Estudo é realizado no Hemocentro de Araguaína pelo PPSUS por uma equipe multiprofissional de pesquisadores da UFT campus Araguaína.
Fonte Georgya Laranjeira Corrêa/Governo do Tocantins

Uma pesquisa científica denominada Leishmaniose como problema de Saúde Pública no Serviço de Hemoterapia na região Norte do Estado, novas estratégias relacionadas a Leishmaniose Visceral foram implementadas no Hemocentro de Araguaína, a fim de prevenir a captação de sangue de doadores possivelmente infectado pela doença.

O estudo está sendo desenvolvido pelo Programa Pesquisa para o SUS (PPSUS) tendo como agente executor o Governo do Estado, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Tocantins (Fapt) e conta com a coordenação do Ministério da Saúde e o gerenciamento Técnico e Administrativo do CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico.

Pesquisadores alertam para a necessidade da realização do exame de Leishmaniose Visceral em candidatos a doação de sangue.

“A pesquisa tem por objetivo determinar a prevalência da infecção por LV em população candidata a doação de sangue do Hemocentro de Araguaína. A coleta de sangue das amostras para a realização do estudo, ocorreu no período de agosto de 2016 a outubro de 2017 no intuito de apresentar dados que possa auxiliar na avaliação da necessidade ou não de estratégias de atenção à saúde relacionada à leishmaniose visceral”, explica a pesquisadora Profª Doutora em Medicina Veterinária, Bruna Alexandrino da UFT – Araguaína.

Para o Presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Tocantins, Professor Dr. Márcio Silveira, o papel da pesquisa cientifica é muito importante para a sociedade, pois acompanha com muito critério através do estudo e de metodologias a fim de desenvolver um trabalho de qualidade e propor ações de prevenção ao Sus.

Método

Segundo, a Profª Dra. em Ciências Veterinária, Helcileia Dias Santos da UFT – Araguaína, o estudo utiliza vários métodos de diagnóstico laboratorial tais como Imunofluorescência indireta, PCR (reação em cadeia da polimerase) e teste rápido, além de investigar possíveis fatores de risco para a leishmaniose visceral em que os clientes do serviço de doação de sangue estão expostos.

O diagnóstico sorológico identifica a positividade para a infecção por Leishmaniose infantum durante a triagem dos doadores e aponta o risco da transmissão da doença através de transfusão de sangue como possível. Na Localidade da pesquisa em questão não é possível afirmar casos de pessoas infectadas pela LV oriundas de transfusão de sangue, visto que o trabalho não objetivou monitorar os receptores de transfusão, possuindo como público alvo apenas os doadores de sangue.

No entanto, dados preliminares demonstram que existiu o contato dos doadores com o agente causal da doença.

Profª Dra. em Ciências Veterinária, Helcileia Dias Santos da UFT – Araguaína.

Custeio da Pesquisa

A pesquisa é custeada pelo PPSUS por meio de seleção de projetos oriundos de edital promovido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Tocantins (Fapt), a qual se encontra em andamento desde 2018.

“O apoio financeiro tem sido fundamental para o desenvolvimento da pesquisa e sem a qual não seria possível a realização. O fomento obtido pelo PPSUS por meio da Fapt, em que foram destinados a aquisição de novos equipamentos e material de custeio que possibilita a equipe de pesquisa testar e implementar técnicas, avaliar métodos de diagnóstico”, ressaltou a Pesquisadora Helcileia.

 

Autores da Pesquisa

A pesquisa está sendo realizado no Hemocentro de Araguaína (Hemorrede do Estado) desde 2018 com previsão para ser concluída em 2021 pela Profª Doutora em Medicina Veterinária, Bruna Alexandrino juntamente com a Profª Doutora em Ciências Veterinária, Helcileia Dias Santos, Prof. Mestre em Sanidade Animal e Saúde Pública, Osmar Negreiros Filho e uma equipe multiprofissional que atua na Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia – EMVZ da UFT (Universidade Federal do Tocantins), campus Araguaína.

Fotos: Wilson Rodrigues/Governo do Tocantins.