Lexa diz que show no Rock in Rio terá quase 30 bailarinos e banda completa: ‘Vou estar em casa’

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Cantora é atração do Espaço Favela no Rock in Rio neste domingo. ‘Eu quero me sentir livre, sou harmônica, toco instrumentos… Venho do funk, mas é um show pop’ ela adianta. Lexa é a atração principal do Espaço Favela do Rock in Rio neste domingo (11). Ela lançou no fim de agosto o EP “Magnéticah”, com quatro músicas de pegada bem pop que estarão no Rock in Rio.
Ao g1, a funkeira adianta como será o show, formado por blocos de músicas antigas, hits e novidades. Ela também falou sobre a invasão do agro na cultura pop (“Pantanal”, “Pipoco”, visual agrogirl) e exaltou a parceria com Pabllo Vittar.
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g1 – O que você pode adiantar do show do Rock in Rio?
Lexa – Vai ter um bloco de músicas antigas, que meus fãs não escutam há muito tempo, e um bloco de grandes sucessos. E o bloco do novo EP. Vamos ter também elementos de dança diferentes… Serão quase 30 bailarinos no palco. A banda é a minha banda de sempre, com baixo, guitarra, bateria e teclado.
g1 – É normal popstars não terem banda, geralmente cantam com no máximo um baterista, às vezes só com alguém soltando as bases com um MPC [Music Production Center, aparelho para mixagem de sons]. Por que você faz questão de ter banda? Dá uma quentura?
Lexa – Sim, mas não é só uma quentura. Eu quero me sentir livre, sou harmônica, toco instrumentos… Venho do funk, mas é um show pop.
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Às vezes, quero cantar música de outro artistas decidindo na hora. Com a banda é mais maleável. E tem toda a qualidade que os músicos entregam. O som tem muito mais peso.
g1 – Concordo demais. O show vai ter participações?
Lexa – Não vai ter participações. Quer dizer, até agora não vai ter.
Lexa no clipe de ‘Cavalgada’, feat com Pabllo Vittar
Divulgação
g1 – Então, não vai ter Pabllo?
Lexa – Eu acredito que não. A Pabllo vai estar trabalhando, está com muito evento fora do Brasil. Então, a agenda está complicada…
g1 – Falando da Pabllo, como foi gravar com ela?
Lexa – Sensacional, leve… É fácil trabalhar com gente profissional, então foi uma delícia. Nós somos muito amigas e eu via uma necessidade de a gente fazer algo juntas. Além de gostar eu sou fã da Pabllo e quero fazer algo com ela, queria trabalhar. Foi uma reunião doce e gostosa. Eu enviei uma outra música para ela, mas ela disse que queria uma mais dançante e aí ela gostou dessa [“Cavalgada”].
g1 – Qual era a outra música?
Lexa – Era “Tsunami”, que está no EP também. Pensei em uma estética bem pop para todo o EP, mas “Cavalgada” é mais dançante, tem mais coreografia.
Capa do EP ‘Magnéticah’, de Lexa
Ernna Cost/Divulgação
g1 – Como diz aqui na Globo, o agro é pop. Ainda mais agora com ‘Pipoco’, ‘Pantanal’, agronejo… A sua ideia era entrar nesse universo?
Lexa – [Risos] Era total. A gente já tinha pensado nisso, já tinha várias ideias prontas. Eu vi que a Beyonce postou fotos com um cavalo, tem a novela mais bombada no momento, tudo está conversando. Os fãs queriam um clipe externo e a letra é sugestiva… Fizemos uma parte na pegada e a parte da Pabllo tem um gingadinho para ela. Tem as nossas raízes, mas ficou harmônico. Dá para entender a parte de cada uma e a parte que junta as vozes.
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g1 – Os sertanejos estavam cada vez mais pegando elementos do funk, do pop. É natural que tenha esse movimento contrário agora?
Lexa – O bom de ser artista é poder inovar o tempo inteiro, usar todos os elementos e ritmos. A gente tem essa pegada do visual sertanejo dentro do funk. Eu acho que é por isso que os feats começaram a dar tão certo. Quando une duas forças, dois trabalhos diferentes, isso unifica e dá muito certo. É uma ideia de unir um visual agrogirl com pop, e funk. Abrir o leque e sair da casinha é muito gostoso.
Lexa e Pabllo no clipe de ‘Cavalgada’
Divulgação
g1 – Como foi sua pausa nas redes e por que decidiu fazer isso?
Lexa – A minha pausa foi estratégica. Eu precisava focar nos meus projetos e as pessoas sentem falta de você nas redes. Quando volta, sua audiência é maior. Sou formada em marketing e utilizei os conhecimentos dentro desse meu projeto. Eu nunca tinha ficado dois dias sem postar nas redes sociais. Eu também precisava de energia para o meu trabalho. Quando eu voltei, a audiência estava quatro vezes maior. Eu ganhei 100 mil seguidores em um dia.
g1 – Você está em um dia do Rock in Rio que só tem mulheres em todos os palcos. Isso mostra que está tendo uma evolução, com mais diversidade? Antes, infelizmente era impensável termos um dia assim e era normal ter vários dias só com atrações homens…
Lexa – Isso é maravilhoso. Mulher é força. A palavra que mais se encaixa com mulher e potência. Então, eses é um dia de potência e eu sou headliner do meu palco. Sinto essa representatividad, essa força. É uma resposta de tudo o que vim criando nesses anos de carreira.
g1 – O que significa para você estar no Espaço Favela?
Lexa – O que significa para mim? Significa estar no lugar de onde eu vim. Tem uma importância ser head do palco favela. Eu vou mostrar minha essência, vou mostrar o baile funk, com pop, com banda, o funk de um jeitinho diferente. Quero mostrar isso na minha casa. Vou estar em casa.
g1 – A gente vive hoje essa era do streaming e do TikTok, e eu fico impressionado com a quantidade de dados que a gente tem. Dá para ver um hit surgindo, uma música flopando, um hit subindo e caindo. Você acompanha charts, gráficos? Como você ao mesmo tempo se baseia nisso e não se limita a isso para fazer música?
Lexa – Eu acompanho muito, porque é meu trabalho. Eu acredito em “Cavalgada”, sei dar força da Pabllo… da minha força. Eu não miro exclusivamente nisso, tem uma estética, um planejamento por trás. O TikTok é gigante e dita muito a tendência, claro. Você vê o que está indo bem nas plataformas [de streaming] e a lista é igual à do TikTok. Eu acompanho tudo, mas não vivo só para isso. A coreografia é mais popzona, de dança mesmo. Não é coreografia de TikTok. Mas acredito nessa música, porque ela é uma potência.
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Fonte: G1 Entretenimento