Rússia perdeu um terço das tropas enviadas para a Ucrânia, diz Reino Unido

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Relatório do Ministério da Defesa britânico indica também que é improvável que a Rússia acelere drasticamente sua taxa de avanço nos próximos 30 dias. Tanque russo abandonado nos arredores de Kiev
Forças Terrestres da Ucrânia/via Reuters
Um relatório do Ministério da Defesa britânico indica que 1/3 das tropas russas enviadas para a Ucrânia morreram durante batalha. O documento foi divulgado neste domingo (15).
Segundo informado, o avanço sobre a região de Donbass foi atrasado. Alguns dos motivos listados foram a falta de acesso a suprimentos e a perda de unidades de transporte que levariam equipamentos de vigilância, reconhecimento e drones.
“Os drones russos são vitais para a consciência tática e direcionamento da artilharia, mas têm sido vulneráveis ​​às capacidades antiaéreas ucranianas”, diz o documento.
Tanques russos avançam sobre área próxima a Mariupol, foco da nova fase da guerra ucraniana, junto com a região do Donbass, no leste da Ucrânia
Alexei Alexandrov/ AP
Segundo o Ministério britânico, o exército russo sofre também com moral baixa contínua e uma redução na eficácia de combate.
“Muitas dessas capacidades não podem ser substituídas ou reconstituídas rapidamente e provavelmente continuarão a atrapalhar as operações russas na Ucrânia”, informou.
Homem senta em banco perto de um prédio destruído em Mariupol, no leste da Ucrânia, no dia 9 de maio de 2022
REUTERS/Alexander Ermochenko
O fim do documento ainda leva em consideração toda a operação atual e como ela vem se desenvolvendo nas cidades ucranianas.
“Nas condições atuais, é improvável que a Rússia acelere drasticamente sua taxa de avanço nos próximos 30 dias”, conclui o levantamento.
Retorno a Kharkiv
Tropas ucranianas obtiveram ganhos em contra-ataque às forças russas no nordeste do país e as expulsaram da cidade de Kharkiv, avançando até a fronteira com a Rússia, disseram autoridades ucranianas nesta segunda-feira.
Combates foram relatados perto de Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, na segunda-feira, no que o assessor do Ministério do Interior, Vadym Denisenko, disse ser “nossa contra-ofensiva”.
Tropas ucranianas mobilizadas na região de Lugansk, leste da Ucrânia
Anatolii Stepanov/AFP
“Isso não pode mais ser interrompido… Graças a isso, podemos ir para a retaguarda do grupo de forças russas”, disse ele.
Kharkiv, situada a cerca de 50 km da fronteira com a Rússia, sofreu semanas de bombardeios pesados ​​da artilharia russa. A rota dos russos a partir de lá ocorre após o fracasso em capturar a capital Kiev nos estágios iniciais da guerra.
Guerra na Ucrânia – Homem anda em meio a prédios destruídos em Mariupol em 22 de abril de 2022
REUTERS/Alexander Ermochenko
No entanto, milhares de pessoas, incluindo muitos civis, morreram em todo o país; cidades foram deixadas em ruínas e mais de 6 milhões de pessoas fugiram de suas casas para buscar refúgio em Estados vizinhos em cenas não vistas na Europa desde as guerras dos Bálcãs da década de 1990. A Rússia nega atacar civis.
O Ministério da Defesa da Ucrânia disse nesta segunda-feira que o 227º Batalhão da 127ª Brigada das Forças de Defesa Territoriais da Ucrânia chegou à fronteira com a Rússia.
“Juntos para a vitória!” disse.
Soldado ucraniano caminha ao lado de um tanque de batalha russo destruído na região de Kharkiv
Vitalii Hnidyi/REUTERS
O governador da região de Kharkiv, Oleh Sinegubov, afirmou que as tropas restauraram uma placa na fronteira.
“Agradecemos a todos que, arriscando suas vidas, libertam a Ucrânia dos invasores russos”, disse Sinegubov.
Os movimentos, se confirmados, sinalizarão uma nova mudança de impulso em favor das forças ucranianas quase três meses depois do início do conflito.

Fonte: G1 Mundo